Adriano e Mário se entreolharam, incrédulos, como se tivessem ouvido uma sentença de morte.
— Médicos Sem Fronteiras? — Repetiu Mário, sentindo o coração falhar uma batida. O pânico tomou conta de sua voz. — Mas isso é suicídio! Eles vão para zonas de guerra, de epidemias... Ela enlouqueceu? É perigoso demais!
Com os olhos vermelhos e marejados, Adriano lançou um último olhar desesperado para o médico indiferente antes de girar nos calcanhares e sair correndo. Enquanto caminhava apressado pelo corredor, sacou o celular e ligou para o assistente.
— Descubra o voo da Irene agora! — Ordenou Adriano, gritando. — Preciso saber para onde ela foi, imediatamente!
Mal havia desligado, o telefone tocou novamente. Era uma chamada da residência principal da família.
— Adriano. — A voz do pai soou do outro lado, baixa e ameaçadora. — Você e o Mário vão voltar para casa agora. Imediatamente.
Na mansão da família Tavares, a atmosfera era sufocante.
Pedro Tavares e Marisa Tavares, os patriarcas, estav