Assim que Adriano se afastou, Mário surgiu da penumbra atrás da tenda e caminhou até ficar diante de Irene.
— Irene, me desculpe. — Disse ele, com a voz baixa.
Irene ergueu os olhos para ele, com expressão fria e distante.
— Já entendi. Agora, por favor, vá embora.
— Não, você não entende! — Os olhos de Mário brilhavam com lágrimas contidas, transbordando desespero. — Irene, você não tem ideia. Eu sempre gostei de você, desde o primeiro momento em que coloquei os olhos em você! Mas naquela época, você já era namorada do Adriano, e eu...
A expressão de Irene escureceu, transformando-se em pura hostilidade enquanto ela o interrompia:
— Por isso você fingiu ser o Adriano na cama? Para me usar, me enganar e me machucar? É isso que você chama de gostar?
— Não, eu... — Mário emudeceu, mordendo o lábio, sem saber como se defender. Na verdade, não havia defesa possível para o que ele tinha feito.
— Eu só... — Sua voz estava tão rouca que mal se ouvia. — Eu estava reprimindo meus sentimentos,