Tarde da noite, no ambiente opressivo de uma sala VIP de um clube noturno, Adriano e Mário afogavam suas mágoas em álcool. Diante deles, uma pilha de garrafas vazias crescia como um monumento ao fracasso, enquanto o líquido âmbar descia por suas gargantas numa tentativa inútil de entorpecer a consciência.
Ao redor deles, os mesmos amigos que antes riam e planejavam estratégias cruéis agora permaneciam em um silêncio desconfortável, testemunhas mudas da ruína deles.
— Adriano, chega! — Interveio Caetano, arrancando o copo da mão trêmula do amigo e fazendo o mesmo com Mário. — Olhem para vocês. A situação já está caótica o suficiente, beber até cair não vai resolver nada.
— É verdade. — Concordaram os outros, em um coro hesitante. — Por que vocês estão se destruindo assim? É pela herança da família Tavares? Pela Alana? Ou será pela Irene? Falem com a gente, talvez possamos ajudar a colocar as ideias no lugar.
Ao ouvirem o nome Irene, a névoa etílica que envolvia Adriano e Mário pareceu s