Com o coração apertado pela ansiedade, Mário mantinha Adriano firme em seus braços, sentindo o peso do corpo do amigo e o terror da situação. Eles haviam aguardado intermináveis setenta e duas horas do lado de fora da zona de conflito, presos à burocracia de aprovações e trâmites oficiais, antes que pudessem finalmente acompanhar o comboio militar.
Assim que cruzaram a fronteira da zona de guerra, a dupla seguiu os veículos que distribuíam suprimentos, aproveitando cada parada para procurar desesperadamente por informações. No entanto, a esperança foi brutalmente interrompida logo no segundo acampamento, quando o comboio sofreu uma emboscada. No caos do ataque, Adriano foi atingido.
Sem condições mínimas para tratar um ferimento daquela gravidade no local, a única opção foi pegar carona com o veículo de transporte médico rumo ao hospital de campanha mais próximo. Durante o trajeto acidentado, a consciência de Adriano se esvaiu, e ele mergulhou em um coma profundo.
Ao chegarem, Mário ca