Thanar estava só, envolto pelo silêncio denso da floresta encantada. O céu, pintado por nuvens imóveis, parecia conter a respiração do mundo. Sabia que o fim se aproximava. Sentia o Vazio roçando as bordas da realidade como garras de gelo.
Então, como se respondendo a um chamado invisível, as sombras ondularam à sua volta.
Selis e Nira surgiram por entre os galhos como figuras de sonho — ou de tentação. As túnicas vinho deslizavam em seus corpos como uma segunda pele. Tinham o mesmo sorriso perigoso, o mesmo olhar carregado de intenções ocultas.
— Thanar... — disse Selis, com voz baixa e promissora. — Esta pode ser sua última noite.
— E queremos que você se lembre dela — completou Nira, se aproximando por trás dele, os dedos roçando seu ombro com uma delicadeza eletrizante.
Ele as observou, sentindo o ar mudar, mais denso, mais quente. Tentou responder, mas os sentidos falharam por um instante. As duas se ajoelharam à sua frente com a sincronia de um feitiço antigo. Quando os dedos de