Raul ouviu aquilo e não falou nada. Mastigou seu pedaço de pão, tomou seu último gole de café e saiu da mesa.
 Passou no estaleiro e cumprimentou Vicente:
 “Bom dia, Vicente!”
 “Bom dia, patrão!”
 “Vicente, depois quero que passe na loja da sua prima e veja quanto Felícia ficou devendo por lá.”
 “Minha prima já falou, patrão. Dona Felícia comprou nove mil e trezentos cruzeiros na loja dela!”
 “O quê!? Que diacho, ela comprou a loja inteira, então?”
 “Ela comprou bastante, Nero falou que a carroceria da caminhonete veio cheia de sacolas.”
 “Tudo bem, dessa vez passa. Vicente, converse com Nero, não quero que isso se repita.”
 “Vou chamar a atenção dele, pode deixar comigo.”
 Em seguida, ele abriu a carteira e entregou o dinheiro para Vicente pagar a prima dona da loja.
 Na hora do almoço, Raul voltou do campo de café e encontrou uma arrumação na sala de estar da casa grande.
 “Que marmota é essa, porque estão mexendo esses móveis na hora do almoço?”
 “Dona Felícia pediu que