Felícia passava os dias entediada na fazenda. Quase todos os dias acordava tarde com o barulho dos animais e os cantos dos pássaros lá fora.
Duas vezes na semana preparava seu coquetel capilar para hidratar o cabelo. Durante o dia, balançava em uma rede na varanda e lia suas revistas de moda. Fazia caminhada nos arredores da casa grande, tentando encontrar um pouco de paz naquela vida entediante.
Contemplava os jasmins e as margaridas do florido jardim, encantava-se com a melodia dos bem-te-vis e disputava o cheiro das rosas com as borboletas e as abelhas.
Na quarta-feira, como todos as manhãs, ela acordou tarde com o barulho dos animais lá fora. Realizou sua higiene pessoal e desceu.
Enquanto tomava seu café na cozinha, conversava com Zilda, a empregada. Zilda contava sobre a dificuldade das crianças da região em ter que acordar cedo para ir à escola em Santa Rita.
Sentindo compaixão da situação das crianças, ela abordou o assunto com o marido à noite antes de dormirem:
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