Às seis da manhã, no romper da aurora, ela levantou com os olhos inchados e a cabeça doendo. Nas poucas horas que adormeceu, teve terríveis pesadelos.
Após realizar sua higiene matinal, desceu com a alma oprimida pela amargura e pela vergonha. Disposta a revelar a verdade para o irmão, dirigiu-se à mesa de jantar onde o irmão se encontrava com mãe.
“Bom dia!”
Ela cumprimentou abatida com lágrimas genuínas escorrendo pelo canto dos olhos.
Dona Quitéria se levantou e abraçou a filha com preocupação.
“Bibiana, o que aconteceu? Por que acordou assim, filha?”
Raul também se levantou preocupado com a irmã.
Ela secou os olhos com a manga do casaco e murmurou:
“Irmão, preciso falar com você.”
“Pode falar, o que aconteceu?”
“É uma história longa e delicada, pode ser no seu escritório?”
“Bibiana, agora preciso ir à fazenda da família de Felícia. Podemos conversar quando eu voltar?”
“Não, é sobre a morte do seu filho. Você precisa me escutar antes de conversar com Felícia.”