Deirdre sabia que Glenna a estava confortando, então abriu um sorriso para apaziguar a mulher.
― Obrigada, você foi muito querida. ―
A jovem até queria ajustar sua mentalidade, mas os eventos que aconteceram nos últimos dias eram complicados demais para serem processados tão rapidamente.
― Eu vou pensar nessas palavras, com carinho. ―
Deirdre abriu a porta do quarto e desceu para o chão, antes de entrar em Alnwick, o bairro mais pobre e afastado de Neve. Quando voltava para o local de sua infância, sabendo que a mãe estava morta, sentiu como se toda a sua energia tivesse sido drenada de seu corpo, deixando apenas uma casca plana e vazia.
Ela não tinha nem com quem desabafar sem Kyran por perto e não conseguia expressar tudo o que acontecia, mas só conseguia enterrar tudo em seu coração até que se decompusesse e se transformasse em uma poça de lama.
Dois dias depois, bem cuidada pela madame Russell, Deirdre estava de volta ao normal e aceitou o convite de Glenna para uma refeição.