O som de um carro freando bruscamente do lado de fora interrompe o silêncio da sala. Rafaella se levanta assustada. Albe vai até a porta com passos firmes. Glória segura a mão de Rafaella com força.
— "Fique calma, querida."
A porta se abre com um baque seco. Santiago entra, ofegante, com os olhos arregalados, o rosto coberto de suor e o olhar desesperado. Atrás dele, Julio, um de seus homens, tenta segurar a tensão.
Albe se coloca à frente, ereto, sem medo.
— "O que você quer aqui, Santiago?" — a voz firme de Albe ecoa como um golpe.
Santiago tira o boné e abaixa a cabeça por um instante.
— "Eu... preciso falar com a Rafaella. Por favor. Só isso."
— "Aqui você não entra como se nada tivesse acontecido." — retruca Albe, cerrando os punhos.
Glória se levanta com a mesma autoridade de uma mãe ferida.
— "Você tem coragem de voltar aqui? Depois de tudo o que fez com a minha filha? Deixou-a morrer sozinha, Santiago. Em trabalho de parto, sem marido, sem apoio, enquanto você... se divertia