Rafaella, exausta emocionalmente e fisicamente, adormeceu nos braços de Santiago. Ele ficou alguns minutos apenas observando-a, passando os dedos com carinho pelos cabelos dela, como se quisesse apagar qualquer dor que ainda restasse.
Mas quando teve certeza de que ela estava entregue ao sono profundo, Santiago se levantou cuidadosamente, pegou o celular no bolso do paletó e caminhou até a varanda do quarto. O vento frio da noite bateu em seu rosto, mas o que queimava, de verdade, era a raiva que fervia no peito dele.
Discou um número. Uma linha direta, que poucos tinham acesso. Quando do outro lado atenderam, uma voz grave e respeitosa respondeu:
— "Alô, Dom Andrade."
Santiago ajeitou a manga da camisa, apertando os olhos, e respondeu frio, calculista, implacável:
— "A partir de agora, quero que investiguem todas as empresas de Bruno Santos aqui nos Estados Unidos. Levantem cada contrato, cada movimentação, cada sociedade, cada sócio oculto... E façam elas ruírem uma a uma. Discretam