Santiago caminhava com passos firmes até a casa do velho administrador da fazenda. Vestia calça social de linho claro, camisa dobrada nos braços e um chapéu de aba larga. A poeira da estrada batia contra as botas, mas ele não se importava. O olhar estava centrado. Decidido. O homem que outrora se dividia entre negócios e lealdades retornava agora com outro propósito: reconstruir o legado Andrade — mas à sua maneira.
— Senhor Mário! — chamou com voz grave ao chegar na varanda da casa simples, mas bem cuidada.
O administrador, um homem de sessenta e poucos anos, saiu apressado limpando as mãos em um pano.
— Dom Santiago! — disse com surpresa, mas também com respeito e admiração. — Que prazer ver o senhor de volta.
Santiago assentiu com um leve sorriso.
— Bom te ver também, Mário. Preciso de sua ajuda para reorganizar a fazenda.
— Claro, senhor. Diga o que for preciso.
— Quero duas empregadas de confiança para ajudar Rafaella. Uma delas com experiência em cozinhar e outra em serviços ger