O telefone tocou no escritório particular de José Ricardo. Ele atendeu com a voz arrastada, distraído entre papéis e uma xícara de café:
— “Fala, irmão.”
Do outro lado da linha, Bruno soou direto, frio e objetivo:
— “Redija um acordo de divórcio.”
José ergueu as sobrancelhas de imediato.
— “O quê? Do quê você tá falando, Bruno?”
— “Do meu casamento com a Rafaella. Vou assinar. Me divorciar.”
Houve um pequeno silêncio.
— “Você... tá bem?” — perguntou José, tentando entender o que estava por trás daquela reviravolta. Na véspera, o irmão havia prometido lutar, reconquistar o filho — e agora isso?
— “Estou sim.” — respondeu Bruno com firmeza. — “Quando eu chegar no escritório, explico os detalhes. Me espera na sua sala.”
E desligou.
Horas depois, a porta do escritório de José se abriu com força. Bruno entrou sem avisar, passos decididos, sem sequer passar por sua própria sala.
José se levantou imediatamente da poltrona, surpreso.
— “Você tá falando sério sobre o divórcio? Ontem você tava