O som da porta do salão se fechando atrás dela não foi apenas um estalo de madeira e ferro. Foi um veredito. Uma sentença.
Kael apertava os dentes. A mandíbula tão travada que parecia prestes a quebrar. O cheiro do cio de Narelle ainda impregnava cada centímetro do seu corpo, das paredes, do seu próprio autocontrole.
Ele apertou o nó da gravata. Tentou se recompor. Tentou... mas falhou.
Porque não havia no mundo... não havia, nem nunca houve... nenhuma loba capaz de incendiar o sangue dele como ela.
— Calma, amor... — Lysa se aproximou, deslizando as mãos pelo peito dele. — Ela só quer atenção...
Kael segurou os pulsos dela. Forte. Duro. E Lysa sentiu. Sentiu na carne, no cheiro, no olhar, que não era nela que ele pensava. Nem seria. Nunca foi.
— Não me toque. — Ele soltou, frio. — Não agora.
Ela recuou, mordendo os lábios, tentando disfarçar o próprio desconforto. Tentando se lembrar do motivo pelo qual estava ali. ‘Título. Poder. Nome.’
Mas uma verdade cruel começava a rasgar sua con