Maya.
Minhas unhas eram vítimas constantes do meu nervosismo. Desde então, não o vi mais, nem soube nada do senhor Valentino. O pior foi ter dito que ele fizesse o que quisesse comigo. Claramente, eu estava me entregando a ele numa bandeja de prata. Afinal, o Don, quem sabe o que poderia fazer comigo, passava anos me perseguindo e me implorando para ir morar na mansão dele, coisa que eu nunca teria feito, nem mesmo por necessidade. Agora, a frase que eu disse ao senhor Valentino ecoava na minha cabeça.
“Como quiser. Nossa, que boba eu fui. Ele deve pensar que sou fácil... Enfim, eu faria qualquer coisa. Afinal, ele me ajudou naquele momento crucial. Foi como um anjo aparecendo bem quando aqueles bandidos planejavam me levar à força e, para piorar, queriam machucar as pobres crianças inocentes, incluindo as freiras. Deixo meus pensamentos de lado ao ouvir a porta do quarto se abrir. Lucrecia se aproxima de mim, com o rosto sério. O que estará acontecendo?
— Minha querida, acho que é me