Valentino
Seis meses depois...
Seis longos meses se passaram desde que Maya se sacrificou e, apesar de tudo, ele ainda não conseguia superar sua perda. Todas as manhãs, acordava com a mesma dúvida na cabeça. Será que hoje é o dia em que ela vai acordar? Ou será que nunca vai acordar? Eu já não me importava com mais nada. Se Maya não acordasse antes do fim do ano, eu tinha decidido que iria com ela. Não me importava com o que viesse, só queria estar ao lado dela, mesmo que isso significasse abandonar meu filho.
Talvez Emilio estivesse certo. Talvez eu não devesse desistir, não podia deixar nosso filho Leandro crescer sozinho. Ele já tinha começado a andar, rápido como um lobo. Ainda não falava, mas seus passos eram firmes e seu apetite, insaciável. A única coisa que eu temia era que ele crescesse nesse ambiente cheio de lembranças dolorosas e sombras do passado.
Todos os dias eu ia ao túmulo de Maya. Seu corpo ainda estava lá, preservado naquele cubo de gelo gigante que criamos com ma