Irina, atenta a cada detalhe, percebeu a contradição no rosto de Julie.
De um lado, a tensão e o desconforto pela presença de Santos. Do outro, o leve rubor que denunciava algo mais profundo: atração.
“Interessante…” pensou Irina, escondendo o sorriso.
Julie sempre se mostrava feroz, mas ali estava vulnerável, exposta a uma sensação que tentava reprimir.
Nos corredores da empresa, Irina já começava a desenhar seu novo jogo. Se Santos tinha aquela presença que desarmava até as mais seguras, por que não usar isso?
Ela poderia:
Provocar encontros inesperados: deixar Santos e Julie sozinhos em momentos estratégicos.
Plantar insinuações: comentários sutis a João ou a outros sócios sobre a química dos dois.
Arquitetar uma armadilha: talvez um “erro” proposital de agenda, colocando Santos e Julie numa sala reservada para uma reunião falsa.
Enquanto Julie tentava disfarçar suas reações, Irina se aproximou dela durante um intervalo.
— Parece que o senhor Santos mexeu com o ambiente, não é? — d