O médico fez um gesto discreto com a cabeça, autorizando que abrissem o envelope. O silêncio dentro da sala era tão pesado que Eloise quase podia ouvir o próprio coração martelar em seu peito.
Com as mãos trêmulas, ela passou o dedo pela aba colada, rasgando devagar, estava nervosa mesmo que já soubesse o resultado. Jason manteve a mão firme sobre a dela, guiando o movimento para que não desistisse. Miguel, ao contrário, parecia que ia desabar a qualquer segundo.
Quando o papel foi retirado e desdobrado, os olhos de Eloise correram pelas linhas, até fixarem na frase central: “Compatibilidade genética confirmada. Relação de paternidade estabelecida.”
Não havia surpresa. Ela já sabia.
Miguel levou a mão à boca, como se o ar tivesse desaparecido de repente.
— Não… — sussurrou, quase sem voz. — Não pode ser...
Jason pegou o documento das mãos de Eloise e leu com calma, sem alterar a expressão. Apenas assentiu, como quem confirma um ponto que já estava decidido.
— Então é isso. — disse, se