Miguel arregalou os olhos diante da exigência da filha. Por um instante, pareceu que o ar sumira de seus pulmões. Bateu com a palma da mão no braço da poltrona, indignado.
— Isso é loucura! — exclamou, a voz ecoando pela sala. — Você quer que eu me entregue, que eu jogue minha vida fora? Você enlouqueceu, Eloise?
Jason inclinou-se devagar, como um predador que não precisava se apressar para intimidar. A mão pousada no ombro de Eloise apertou suavemente, um gesto de firmeza.
— Não é loucura. — disse, a voz baixa. — É um pedido de justiça.
Miguel o encarou, furioso.
— Justiça? Você não sabe o que fala, moleque.
Jason sorriu de lado, frio.
— Eu sei exatamente o que estou dizendo. — deu um passo à frente, com as mãos agora nos bolsos. — E vou facilitar para você, Miguel. São só duas opções. Coincidentemente, ambas começam com a letra C.
Fez uma pausa, deixando o silêncio crescer.
— Cadeia… ou caixão. Escolha a que lhe parece mais confortável.
O estômago de Miguel se revirou. Ele olhou de