A noite parecia não ter fim. O frio mordia a pele, mas Eloise nem percebia. Cada passo para fora daquela casa era como atravessar um pesadelo que, enfim, começava a se dissolver. Os olhos marejados mal conseguiam focar o carro parado logo adiante, mas ela sabia quem estava lá. O peito doía, a respiração era curta, e o coração parecia pronto para explodir.
Assim que pisou na calçada, a porta da van se abriu de repente. Jason saiu apressado, quase tropeçando na pressa de chegar até ela. Não havia máscara no rosto dele, era realmente o primeiro rosto que ela via depois de ser libertada e não poderia desejar ver nenhum outro.
— Eloise! — chamou, com a voz falha.
Ela reconheceu o som do nome nos lábios dele antes mesmo de vê-lo nitidamente em meio as lágrimas. As pernas vacilaram, e, quando finalmente ele a alcançou, Eloise caiu nos braços dele como se não houvesse chão.
— Jason… — soluçou contra o peito dele, agarrando-se com força, como se tivesse medo de que alguém viesse arrancá-la dal