Quando Jason empurrou a porta com o pé e entrou, a sala estava morna com a luz amarelada do abajur. Eloise estava no sofá, uma xícara entre as mãos, envolta numa camisola branco que brilhou levemente com a luz.
Ela ergueu os olhos ao ouvir a porta e sorriu, surpresa.
— Achei que você estava no quarto.
Jason soltou o casaco no cabideiro e aproximou-se devagar, como se cada passo fosse uma medida de precaução e de desejo ao mesmo tempo. Havia algo de guardado em seu rosto, uma alvorada de tensão que despertou assim que a viu.
— Dei uma volta — respondeu, curto. — Por aí.
Ela arqueou a sobrancelha.
— “Por aí” não parece uma resposta adequada para aceitar que o meu namorado está na rua durante a madrugada. Sério, Jason, você não pode simplesmente desaparecer. E se fosse eu no seu lugar?
— Precisava falar com alguém.
Eloise o observou, abandonando a rigidez por um segundo.
— Com quem? — perguntou.
Ele aproximou-se mais, os passos curtos, e a sala pareceu diminuir de tamanho.
— Com Jonas. P