O ambiente dentro do apartamento era sufocante. As cortinas fechadas deixavam passar apenas um feixe pálido da luz da rua, revelando móveis simples, uma mesa com garrafas espalhadas e o cheiro irritante de cigarro. Jonas fechou a porta com calma, apoiou-se por um instante no batente e virou-se para encarar Jason.
— Então… — disse, o tom casual demais para a hora e para a situação. — Quer uma bebida? Tenho uísque, vinho e algo que comprei no aeroporto, mas não recomendo.
Jason balançou a cabeça, o maxilar rígido.
— Não vim aqui para beber. Não somos amigos.
— Nossa... tão sério. — Jonas soltou um riso curto, sem humor, enquanto caminhava até o balcão improvisado perto da janela. Serviu-se de um gole generoso de uísque, sem se importar em usar copo limpo. — Bom, eu preciso me aquecer.
Jason permaneceu onde estava, com os olhos varrendo o lugar como quem mede riscos. Havia marcas de vida recente: um casaco pendurado, um celular carregando na tomada, uma pasta preta sobre a mesa. Nada que