O bar não tinha nada de especial. Luzes baixas, música ambiente, algumas mesas ocupadas por executivos cansados e casais em encontros discretos. Mas, para Jonas Muller, aquele lugar era perfeito.
Ele se encostava no banco de couro escuro, um copo de uísque nas mãos, girando o líquido âmbar com movimentos preguiçosos. Ainda sentia o gosto da ligação recém-encerrada, como se tivesse bebido direto da fonte da adrenalina.
Jason Kingsley. O diretorzinho corajoso que agora se metia em território de homens de verdade. Jonas ainda sentia a satisfação de ouvir a voz tensa do rapaz, a fúria contida, a ameaça que não passava de um rosnado de filhote tentando parecer lobo.
Ele riu sozinho, um som baixo, quase divertido, como se conversasse com seus próprios demônios.
— Você não tem ideia do que está enfrentando, garoto… — murmurou para si, erguendo o copo e bebendo de uma vez.
O álcool queimou sua garganta, mas o efeito foi de prazer. Era como se cada gole fosse um brinde à vitória que já imagina