O silêncio da casa era desonfortável. Eduardo já havia descido para a sua loja, depois de deixar um beijo breve nos lábios de Jinx e sussurrar um "até mais tarde" abafado. Ela respondeu com um aceno breve, mas ficou parada na sala por longos minutos, segurando a respiração indecisa.
Noah tinha voltado para o quarto após o café da manhã. Desde o funeral, ele falava pouco, comia menos ainda, e passava o tempo entre livros, papéis e lápis de cor. Não pedia nada. Não reclamava. Não sorria. E isso era o que mais preocupava Jinx.
O sol da manhã filtrava pelas cortinas e formava padrões pálidos no chão da sala, mas ela não via beleza alguma naquilo. Os pés se moveram antes que sua mente permitisse. Quando deu por si, estava diante da porta do quarto de Noah. Hesitou por um segundo, então ergueu a mão e bateu levemente.
— Noah? — chamou, a voz suave, quase sussurrada.
— Pode entrar — respondeu ele, sem entonação.
Ela girou a maçaneta e entrou com cuidado. Noah estava sentado na escrivaninha,