A campainha tocou no momento em que Jinx provava o tempero da panela, uma colher de pau em uma mão e o pano de prato enrolado na outra. Ela limpou os dedos na calça jeans surrada e correu até a porta com a mesma empolgação com que uma criança corre para abrir um presente. Quando a escancarou, nem hesitou.
Sem dar tempo nem para o “oi”, agarrou Eduardo pelo pescoço e o puxou para um beijo que definitivamente não podia ser classificado como apenas um cumprimento. Foi um beijo de tirar o fôlego. Quente, molhado, urgente. Aquele tipo de beijo que fazia o chão parecer mais distante e os pensamentos deslizarem para o fundo da mente.
Ele segurou a cintura dela no reflexo, mas nem teve tempo de retribuir por completo antes que ela se afastasse com um sorriso tão largo que quase dividia o rosto.
— Entra aí, amor, fica à vontade! — gritou já virando as costas e voltando apressada para a cozinha, onde a panela ameaçava transbordar.
Eduardo permaneceu parado na porta, ainda inclinado para