ELIZABETH WINTER
O Velho Pao, o monge, fez um gesto para nos aproximarmos de uma pequena mesa de altar montada diante do santuário de Confúcio.
A cerimônia foi diferente da tailandesa. Menos mística, mais focada na ancestralidade e na harmonia.
Acendemos incensos grandes, a fumaça perfumada subindo em espirais para o céu que escurecia. Fizemos reverências aos céus, à terra e, simbolicamente, aos nossos ancestrais. Embora os meus estivessem vivos em Manhattan e provavelmente tomando martinis agora.
Então, veio a cerimônia do chá.
O Velho Pao serviu chá em xícaras minúsculas de porcelana.
— O chá é amargo no começo, mas deixa um sabor doce na garganta. — O monge disse, sua voz rouca traduzida pelo Professor Minh. — Assim é o casamento. As dificuldades vêm, mas se houver paciência e respeito, o doce permanece.
Alex pegou a xícara com as duas mãos e a ofereceu a mim.
— Para a minha esposa. — Ele disse, olhando nos meus olhos. — Prometo ser sempre a doçura depois do amargo.