DAMIAN WINTER
O tempo passou devagar, arrastando-se lentamente apesar da minha pressa em fazê-lo. Stella percebeu, claro. Mesmo que eu tentasse disfarçar, ela notava que essa espera me corroía por dentro e fez o melhor que pôde para me distrair.
Na manhã do segundo dia, ela acordou pouco depois de mim. Vi quando saiu da cama e se sentou ao meu lado, deitando em seguida com o rosto parcialmente iluminado pela luz suave do amanhecer. Ficamos assim por um tempo, sem dizer nada, só respirando o mesmo ar.
— Vai ser hoje, não é? — perguntou enfim.
Abri os olhos e a encarei. Não adiantava mentir.
— Sim.
Ela assentiu, os dedos tocando de leve o meu braço.
— Promete que vai ficar tudo bem?
— Prometo, meu amor. Nosso tormento acaba hoje.
Ela sorriu e se inclinou para me beijar. Correspondi na mesma lentidão. Quando me afastei, apoiei a mão em sua nuca e encostei a testa na dela.
— Não se preocupa. — pedi. — Só confie em mim.
— Sempre. — respondeu, com total segurança.
Ficamos ali por mais algun