DAMIAN WINTER
O interior da mansão era semelhante a fachada. Paredes claras, mármore e uma decoração minimalista, porém caríssima. Célia me conduziu até sua sala de estar ampla, com uma vista para um jardim de inverno. Ela apontou para um sofá de couro branco.
— Sente-se. Gostaria de um café? Chá? Algo mais forte?
— Não, obrigado. — respondi, mantendo-me de pé.
Célia deu de ombros, acomodando-se em uma poltrona, cruzando as pernas. O sorriso que ela tentava manter nos lábios não alcançava seus olhos, que me avaliavam com desprezo e cautela.
— Então, seja breve, Damian. Meu tempo é valioso.
Fui direto ao ponto, sentindo a adrenalina subir.
— Eu descobri, Célia.
Ela continuou sorrindo, mas o brilho em seu olhar se intensificou, tornando-se mais calculista.
— Descobriu o quê, exatamente? Que você é um homem arrogante e odioso? Isso eu já sabia.
Ignorei a provocação.
— Que você está por trás do assassinato de Nathan Ponlic.
O sorriso dela vacilou por um milésimo