DAMIAN WINTER
Peguei o carro e dirigi até o escritório de Elliot. Durante todo o trajeto, minha cabeça repassava as informações e as medidas que poderia ou teria que tomar.
Eu não podia errar.
Quando cheguei, Elliot já me esperava. Estava encostado à mesa, com a camisa social arregaçada até os cotovelos, a gravata pendendo frouxa e uma pilha de documentos espalhada ao redor.
— Está parecendo que passou a noite acordado — comentei, fechando a porta atrás de mim.
Ele me lançou um olhar cansado, mas determinado.
— Mais ou menos isso. — Apontou para o monte de papéis. — Consegui cruzar os dados das movimentações suspeitas. Todas as transferências foram mascaradas com contas fantasmas criadas no mesmo dia do assassinato de Nathan. A assinatura digital é do Maycon Bartol, mas também temos provas das transações entre ele e Célia Pósitron.
Parei diante da mesa, observando as páginas. Números, códigos bancários, carimbos de autenticação. Tudo ali, à mostra.
— Isso é o suficiente para a polícia