Capítulo 15
O sol estava alto quando o peão, o mesmo conhecido de Geraldo, atravessava o pátio da fazenda Fonseca apressado, em direção ao estábulo. O patrão tinha dado ordem direta: que preparassem o garanhão preferido para uma vistoria urgente nas terras.
Correndo, o rapaz quase tropeçou ao ver, de relance, uma mulher descendo as escadas da varanda da casa principal. Ela caminhava tranquila em direção à plantação de morangos, o vestido leve balançando com a brisa.
Curioso como sempre, ele não resistiu e desviou o caminho para encontrar Hugo, que ajeitava a sela em outro cavalo.
— Ô, Hugo! — chamou o rapaz, aproximando-se com um sorriso malicioso. — Quem é aquela mulher que desceu da casa agora há pouco?
Hugo travou a fivela da sela com mais força do que o necessário, tenso.
— Ah... — Hugo coçou a cabeça, embaraçado. — Ela... é coisa do patrão.
O jovem arregalou os olhos, achando que tinha entendido mais do que Hugo queria dizer, mas antes que pudesse perguntar mais, a voz impaciente