Capítulo 45
Com Geraldo em coma, o hospital foi obrigado a comunicar oficialmente a situação à Justiça, já que ele estava sob custódia. A promotoria recebeu o relatório médico completo, incluindo os laudos que apontavam a deterioração da saúde dele e as circunstâncias do espancamento na prisão. Imediatamente, um novo inquérito foi aberto para apurar se houve falha na segurança penitenciária, mas o foco principal continuava sendo os crimes que ele havia cometido antes de ser preso.
O promotor responsável pelo caso de Maria foi claro:
— Mesmo em coma, o processo continua. Se ele acordar, terá que responder por todos os crimes. Se não acordar, encerramos com base no estado de saúde permanente, mas não antes de garantir os direitos da vítima.
Maria foi notificada da situação por seu advogado, que apresentou as informações.
— Você pode ficar tranquila, Maria. O que dependia da Justiça já foi feito. Ele já pagou parte do preço e, mesmo inconsciente, a lei está cumprindo o seu papel.
Ela ouv