Luciano não captou a culpa estampada no semblante de Violeta, mas eu enxerguei tudo com absoluta nitidez.
Com o coração aos saltos, Violeta tremia por dentro, receosa de que qualquer vestígio do ocorrido pudesse cair nas mãos da polícia.
Num tom despreocupado, Luciano tentou acalmá-la:
— Que nada, não é grande coisa. Daniela que armou essa confusão toda, então é só contarmos a verdade na delegacia.
Estava tão convicto de que eu me encontrava bem que até Violeta começou a duvidar se eu havia realmente partido desse mundo.
— Daniela... ela também vai... depor? — Gaguejou Violeta, com uma inquietação evidente na voz entrecortada.
— Ué, claro. — Respondeu Luciano com naturalidade. — Foi ela quem criou esse rolo todo, então cabe a ela arcar com as consequências. — De repente, notou algo estranho e indagou. — Violeta, por que você está toda suada?
Não contive um sorriso gélido.
A assassina tremia nas bases, com o coração quase saltando pela boca.
Mas Luciano, em sua ingenuidade, interpretou