Com lágrimas cintilando nos olhos, Violeta escondeu o rosto entre as mãos, como se estivesse sofrendo a maior injustiça do mundo.
Por instinto, Luciano se colocou à frente dela, num gesto protetor. Sua voz saiu carregada de irritação:
— Olha só, Manuela, não se lança acusações sem ter provas concretas. Será que Daniela está por trás disso tudo, querendo prejudicar Violeta?
Ele respirou fundo, deixando escapar toda sua frustração:
— Já cansei de explicar que entre mim e Violeta existe apenas amizade. Não há motivo para tanta insegurança. Vou assumir minhas responsabilidades com ela e nosso filho. Violeta não representa ameaça alguma. Por que essa hostilidade toda?
O choro de Violeta sempre tinha o poder de amolecer o coração de Luciano.
Se virando para a irmã, ele ordenou com firmeza:
— Peça desculpas à Violeta agora, Manuela.
Entre soluços, Violeta falou com uma voz tão quebrada que parecia poder se desfazer no ar:
— A culpa é toda minha mesmo. Daniela tem todo direito de me odia