Mesmo argumentando com toda certeza do mundo, tudo que recebi de George foi um riso glacial e sarcástico.
— É impressionante, Valentina, você mente sem parar. Uma pessoa como você não merece ser tratada bem por ninguém.
Mal terminou de falar, ele me empurrou com força, me lançando contra os degraus da entrada com brutalidade.
Senti o impacto nas palmas das mãos e nos joelhos, que arderam na hora, e o sangue surgiu misturado à sujeira do piso frio. O meu corpo inteiro latejou de dor, mas era como se a humilhação batesse ainda mais forte que o machucado.
George ficou parado ali, olhando para mim de cima e disse, com a voz gelada como nunca:
— Ainda acha que é aquela riquinha intocável, não é? Só para você saber, se eu decidir acabar com você, é mais fácil que esmagar uma formiga.
Foi a primeira vez que vi um ódio tão claro nos olhos dele, uma ameaça real, cheia de ressentimento e desprezo. Meus músculos gelaram, as palavras ficaram presas na garganta. Pela primeira vez, senti um medo ve