Quando olhei para a mesa do café da manhã, fiquei impressionada. Tinha sanduíches, ovos fritos, panquecas, mingau e pãezinhos recheados empilhados.

Estava claro que aquilo não era exagero, era um verdadeiro banquete feito como se fossem alimentar uma família inteira, e não só nós dois.

Perguntei meio sem jeito, tentando não demonstrar surpresa:

— Você já comeu?

George seguia vidrado no notebook, nem levantou a cabeça.

— Já comi.

Achei melhor não contrapor e fui pegar uns saquinhos para guardar comida. Peguei um sanduíche, dois pãezinhos, mas mesmo assim a mesa ainda estava sobrecarregada de comida.

Acabei não me aguentando e falei:

— Olha, nem precisava de tudo isso, sabia? No final das contas, só te dá mais trabalho. Podia muito bem pedir algo pronto, comprar na rua, ou mandar alguém buscar para você. Não faz sentido perder esse tempo preparando e depois desperdiçar assim.

Finalmente ele ergueu os olhos, o olhar duro como gelo. Senti na hora que tinha falado demais, fechei a boca no