— Não. — Retruquei sem expressão alguma.
Ele curvou os lábios num sorriso gélido, e a zombaria voltou a se acentuar entre as sobrancelhas.
Em seguida, se aproximou do meu ouvido e, com um tom carregado de segundas intenções, disse:
— Além desse salário mensal de vinte mil, você também pode ganhar dinheiro de outra forma. Se me agradar, o que eu te der vai ser, no mínimo, igual... Provavelmente mais.
Desviei o olhar para o sarcasmo e a leviandade que curvavam o canto dos lábios dele, e compreendi de imediato o que ele queria dizer com "outra forma de ganhar dinheiro".
Eu já sabia: ele me mantinha sob os olhos, presa sob seu controle, apenas para me humilhar.
Apertei a mão ao lado do corpo e, com o rosto impassível, respondi:
— Agradeço a sua boa vontade, mas não preciso ganhar dinheiro dessa maneira.
George soltou uma risada de desprezo e disse, num tom lento e profundo:
— Acredita em mim, você gosta tanto de dinheiro que vai acabar precisando. — Falou com uma convicção absoluta.
Não di