Patrick entendeu que pintar era importante para ela, se quisesse que o casamento deles fosse "real", ele teria que ser o que ela precisava de apoio, parceria, talvez até mesmo amor. Ela já não precisava dele financeiramente, mas emocional, um desafio muito maior do que ele havia imaginado, mas que, paradoxalmente, o atraía ainda mais. Por um momento, Patrick sentiu um pavor gélido. Ele não sabia nada sobre amor. Sua vida sempre foi uma equação de interesses, números e lucros, de frieza e distanciamento. Mas agora, diante da paixão luminosa de Isabel pela arte, ele sabia que precisava aprender. Por ela.
_ Isabel, ele disse, pigarreando, eu... eu preciso te pedir desculpas por uma coisa. Aquela história de B. Ritter... Ele fez uma pausa, respirando fundo.
_ Quando eu falei aquilo para você, eu não sabia de tudo... eu errei. Ele a olhou com arrependimento e pesar. Se ele tivesse ouvido, conversado, as coisas seriam diferentes.
_ Bem, eu... eu confesso que fiquei com ciúmes. Achei