Selene
Acordei antes do nascer do sol. O quarto ainda estava escuro. As marcas nos ombros latejava em ponto baixo, não doía, só lembrava que eu não estava sozinha nessa função. Lavei o rosto, prendi o cabelo, vesti uma túnica simples. Não queria joias, nem capa. Queria estar disponível.
Bateram à porta duas vezes, curtas. Iara entrou primeiro, com um cesto no braço.
— Pão fresco, chá quente e três recados. — disse, colocando tudo na mesa — As mulheres querem falar com você. Duas mães e uma viúva. As crianças estão perguntando se podem treinar com madeira, porque viram os rapazes treinando. E Halvar pediu para avisar que os anciãos querem uma palavra ao meio-dia.
— Traga as mulheres. — respondi — As crianças, eu vejo depois no pátio. E os anciãos, no salão, na hora que eles pediram.
Ela assentiu.
— Tem mais uma coisa. — abaixou a voz — Dois guerreiros que eram do velho comando chamaram você de “Senhora da Lua”. Não com ironia. Com respeito.
— Está bem.
Iara saiu. Olhei meu reflexo uma