Selene
O ar frio tocou minha pele, a luz da tocha lambeu minha clavícula, e a boca de Damon desceu para o lugar onde o pulso do meu coração é mais teimoso. Ele beijou. Não com ternura, com intenção. Depois mordeu, curto, e chupou até a pele reclamar. Uma marca escura nasceu sob seus lábios.
— Não faça isso. — pedi, sem convicção.
— Por que não? — A voz veio abafada contra minha carne — Tem medo do espelho? Ou do dia?
— Do espelho. — confessei, sem saber por que.
Ele riu contra a pele, o som vibrando em mim.
— Perfeito. Quero que se veja.
A mão que segurava meu pulso afrouxou um segundo, o suficiente para que eu a puxasse de volta por escolha. Fiz isso. Prendi meus dedos aos dele, selando a prisão que eu mesma quis. O brilho que vi nos olhos de Damon me disse que ele entendeu a confissão.
— “Você está escolhendo.” — Ash constatou, sem censura, apenas atenta.
Os beijos desceram pelo caminho da clavícula até o declive do seio. A língua contornou a borda, evitando o centro de propósito, m