Ricardo
A viagem tinha sido tranquila. Chegamos à casa dos meus pais já à noite e, assim que estacionei o carro, meu pai nos recebeu com aquele sorriso acolhedor, me ajudou com as malas e, quando entramos, fomos abraçados por minha mãe.
Dona Rosana sempre foi a mulher mais especial da minha vida. Eu sentia falta dela, das nossas conversas, do jeito como ela me olhava como se ainda fosse o seu menino. Estar em casa outra vez me trazia uma sensação de conforto que eu não encontrava em nenhum outro lugar.
Logo encontrei minha irmã. Apesar da diferença de idade, depois de adultos conseguimos construir uma amizade de verdade. Ela nunca entendeu muito bem minha decisão de morar longe, mas a verdade é que eu gostava de ter minha vida independente… e também gostava dessa sensação única de voltar e reencontrá-los.
O jantar foi cheio de risadas, histórias e perguntas. Flávia subiu com Caio, que já estava sonolento, enquanto eu fiquei na sala conversando com meus pais e minha irmã. Como eu senti