Flávia
Acordei no mesmo horário de sempre. Me arrumei, arrumei Caio e… nada de Ricardo aparecer. Levei meu filho para a escola, passei na padaria e voltei para casa. Estava no sofá, distraída olhando o celular, quando chegou uma mensagem dele se desculpando por não ter vindo me buscar. Revirei os olhos.
A primeira coisa que me veio à mente foi: O Bruno não era assim. Mas logo empurrei o pensamento para longe. Eles eram homens diferentes, de tempos diferentes da minha vida. Não era justo compará-los.
Mais tarde, no trabalho, tivemos uma reunião. E, para ser sincera, encarar o rosto dele na tela do computador me irritou ainda mais.
O dia anterior já tinha sido horrível, e hoje não estava sendo muito melhor. Acho que eu estava mais magoada do que com raiva. Magoada com o jeito dele, com as escolhas dele. E o pior… eu nem sabia se queria mesmo ir para a casa dele à noite. Não sabia se ele ia repetir a frieza de ontem ou fingir que nada tinha acontecido.
Pensei nisso a tarde toda. No fim,