Capítulo 36

Clara acordou com o som de um passarinho na janela.

Era um canto repetitivo, mas não incômodo. Quase parecia que o bicho estava ensaiando uma música que ela já tinha ouvido em algum lugar.

Vestiu um moletom de algodão claro e desceu descalça até o ateliê improvisado.

Na cozinha, ouviu Sol dizendo que sairia com André até o centro da cidade.

Ela respondeu com um aceno distraído.

Hoje queria silêncio.

Sobre a mesa, duas telas secando.

A da espiral, com camadas sobrepostas e fragmentos de palavras quase invisíveis.

E outra, ainda inacabada, com uma composição de janelas abertas.

Era essa que ela queria terminar.

Pegou os pincéis. Ajustou a cadeira. Ligou uma playlist instrumental e deixou o sol entrar.

Às dez e quinze da manhã, Clara pintava.

Na tela, quatro janelas lado a lado.

Cada uma revelava uma cena diferente.

Uma com um copo de café pela metade.

Outra com um livro aberto, como se alguém tivesse se levantado no meio da leitura.

A terceira mostrava uma planta crescendo sobre uma pil
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