Amelie
Engasguei-me com a saliva e me afastei um pouco para tossir. Victória gargalhou, foi a primeira vez que vi ela sorrir daquela maneira, porém estava mais preocupada com aquele assunto.
— Céus, Amelie, estamos só nós duas aqui, mulheres adultas conversam sobre essas coisas.
— Desculpe. — Cocei a garganta tentando me livrar da irritação. — Eu só fiquei surpresa. E na verdade, nunca falei dessas… enfim, desse assunto.
— Sua mãe nunca te aconselhou?
— Sim, mas ela dizia que a mulher deveria apenas esperar e obedecer ao marido.
— Que absurdo. Não quero ofender sua mãe, mas isso é tão… — Victória suspirou. — Bem, não devo julgá-la, certamente ela fez seu melhor.
Concordei e voltei a enrolar a massa. Minha mãe fez o possível por mim, eu vou ser agradecida até meus últimos dias.
— Mas vamos nos concentrar na questão principal aqui. O que quero dizer é que a mulher tem meios e o direito de seduzir seu marido como achar melhor. Ele não poderá retrucar e nem achará ruim.
Coloquei mais um