Amelie
Ao final daquele turno, estava atordoada. Fechei a porta atrás de mim e apertei o pacote contra meu peito, no fim, aceitei a recomendação e comprei uma camisola mais ousada. Victória insistiu que eu experimentasse e quando me viu diante do espelho, sorriu como se fosse uma boa obra de arte finalizada.
Olhei para o mesmo lugar de sempre, mas quem estava lá era Arthur. Estranhei, ele nunca tinha vindo me buscar.
— Olá, querida esposa. — Suas palavras eram um pouco ácidas, mas talvez eu merecesse.
— Oi. Willian não pôde vir?
— Está decepcionada?
— Não, eu só estranhei, já você nunca veio.
Arthur entortou os lábios em um claro aborrecimento e montou no cavalo. Segurei em sua mão para apoiar-me e subir, o pacote ficou entre nós por um momento e tirei temendo que descobrisse, era como se estivesse cometendo o pior pecado do mundo, além disso, as imagens e palavras obscenas daquele livro estavam em minha mente. Era impossível esquecer.
— Willian foi ajudar a construir a casa de um con