Amelie
A beleza daquele lugar em ruínas era surpreendente. O mato rasteiro se espalhou selvagemente até por onde era julgado impossível, em alguns pontos subia por paredes e pilares de pedra parcialmente erguidos.
Tirei um momento de descanso e sentei-me encostada em uma parede com sua metade destruída, porém, ainda fornecia-me um pouco de sombra. Willian estava mais a frente exposto ao sol, ele afastava as folhas das plantas baixas na procura de abóboras e algumas raízes que insistiam em sobreviver mesmo sem intervenção humana. Era admirável como a natureza buscava seus próprios meios.
Girei aquela pequena flor entre meus dedos e respirei fundo ao sentir o vento mais forte da área parcialmente aberta. Era uma beleza peculiar em meio a falência do lugar, às pequenas flores brancas e amarelas formavam uma paisagem digna de pintura.
Bem mais a frente o cavalo comia capim e banhava ao sol. O animal negro e bem cuidado era dócil devido ao tempo que serviu naquela casa, mas olhar para ele