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Capítulo 62 – Nuances de uma teia

“A coisa nenhuma deveria ser dado um nome, pois há perigo de que esse nome a transforme.” Virginia Woolf

Na madrugada, de repente, Mabe ergueu a cabeça que estava apoiada nas pernas de Helena. As orelhas atentas, como se tivesse escutado algo.

A mudança sutil de postura foi suficiente para despertar a mulher.

— O que foi, menina? — murmurou, a voz arrastada de sono.

A cadela não latiu. Apenas pulou da cama e caminhou devagar até a sala.

Helena jogou, relutante, as pernas para fora da cama, se obrigou a levantar e segui-la. A pastora foi até a janela fechada e sentou-se, firme como uma sentinela. Olhava-a com os olhos concentrados, atentos a algo que Helena não conseguia ver.

— Não tem nada lá, bobinha — tentou brincar, embora um arrepio frio lhe subiu pela espinha.

A rua estava em silêncio, mas havia algo diferente nele. Não era barulho — era ausência. Ausência de som, de vento, de vida. Como se a noite inteira estivesse… ouvindo.

Mabe continuava alerta, mas não em posição de ataque —
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