Na manhã seguinte, Helena acordou cedo com o som do despertador. Mais do que um aviso de que era hora de levantar, aquele sinal lembrava que faltavam apenas dois dias para que finalmente pudesse ser ela mesma, livre para seguir seus próprios passos.
Vestiu uma calça wide de jeans, uma camiseta cinza de algodão e um par de tênis baixos. Prendeu os cachos em um rabo alto com um lenço de seda, compondo um visual prático e confortável — exatamente o que precisava para enfrentar as tarefas que planejara para o dia.
Estendeu aquela cama pela última vez e desceu as escadas, observando o vazio da casa, que já não guardava vestígios de que um dia ela já estivera ali.
Tirou seu relógio antigo da parede e, com um último olhar, fechou a porta atrás de si, arrastando consigo as duas malas com os poucos pertences que levaria.
Dirigiu-se ao bairro antigo, em direção a um antiquário que tinha notado na caminhada com Aurora no dia anterior.
Ao abrir a porta, um pequeno sino anunciou sua entrada com um