A CHEGADA DE WILLY
Willy surge no Inferno como quem desperta de um pesadelo sem fim:
não caminhando, mas carregado por sombras que não têm dedos,
só intenções.
Ele olha ao redor e sente o ar pesado feito óleo queimado.
Há um zumbido ao fundo, como se a terra falasse consigo mesma,
reclamando dos horrores que ele plantou nela.
Um nó aperta sua mente —
um nó de pânico, incredulidade e… vaidade ferida.
Ele sussurra:
— Quem… quem foi que me atacou?
O Diabo, sentado sobre uma coluna de ossos que latejam, ri baixo,
como se o riso saísse de dentro do chão:
— Logo, logo você vai conhecê-los.
— Que bicho era aquele? — Willy insiste, mas sua voz sai fina.
O Diabo ergue um dedo e comanda silêncio.
O ar muda.
Passos surgem.
E o ambiente inteiro parece se desviar para abrir caminho.
Silvânia surge primeiro —
a forma humana preservando apenas vestígios do monstro por trás dela.
Os parentes a acompanham:
olhos fulvos, dentes que brilham mesmo quando não sorriem.
Eles o olham como quem olh