Viver em Arrêt era infinitamente melhor do que vagar no velho Inferno.
Ali, finalmente, os ex-terrenos tinham corpos: carne, ossos, vibração densificada.
Corpos que queimavam com energia negra, que pulsavam como se tivessem sido moldados de sombras solidificadas. A matéria oferecia sensações, e sensações eram tudo o que os habitantes de Arrêt desejavam: estímulo, intensidade, excesso.
Eram instáveis, claro. Sempre foram.
Mesmo agora, com forma física, continuavam emocionalmente explosivos — almas que jamais aprenderam a equilibrar seus próprios demônios internos. O planeta em si era uma chama viva, e seu povo também.
Os líderes estavam exaustos.
Lúcifer, Belzebu e o próprio Satanás buscavam maneiras de estabilizar emocionalmente a turba antes do próximo trabalho cósmico para o Criador. Seus corpos fragmentavam fagulhas de energia enquanto pensavam em estratégias.
Até que Satanás bateu na porta da fortaleza principal — uma estrutura feita de ferro orgânico e lava consciente — e diss