Ela…
Meus dias eram um turbilhão de caos, uma corrida desenfreada a favor do tempo que parecia escorrer pelos meus dedos como areia fina, impossível de segurar.
A empresa exigia de mim mais do que eu podia dar, sugando cada gota da minha energia com prazos implacáveis e reuniões intermináveis.
As investigações sobre os atentados, um peso constante em meus ombros, transformavam cada dia em uma batalha mental exaustiva, como se eu estivesse tentando montar um quebra-cabeça com peças que não se encaixavam.
E, no meio dessa tempestade, Klaus e eu éramos como dois barcos à deriva, afastados pelas correntezas da vida.
Nossos momentos juntos haviam se reduzido a telefonemas apressados, entrecortados por silêncios exaustos, e chamadas de vídeo tarde da noite, quando o cansaço já embaçava nossos olhos e pesava em nossas vozes.
Eu sentia ele me escapando, mesmo que não quisesse admitir. Sentia falta do calor do seu abraço, daquele toque firme e seguro que par